sexta-feira, novembro 10, 2006

The Cure e The Smiths inicio dos anos 80

Esta é uma rapidíssima porque meu pescoço e minha ciática não permitem muito tempo ao computador teclando. Li sobre The Cure na wikipedia e me desapontei. Não estava a fim de umma seqüência enorme de músicos que entraram e saíram da banda. O artigo foi realmente sem detalhes interessantes exceto a menção de uma trilogia de cds um pouco risqués. Para mim aquelas estalactites, ou são estalagmite pirocas em um vídeo foram uma surpresa. Tenho certeza de que me lembrariade um vídeo com tal coleção fálica.

Gostei de saber da estória por trás da música "Killing an Arab" nunca tinha parado para pensar em sua relação com "O Estrangeiro" do Camus. E "O Estrangeiro" só entendi agora depois de ler sobre o romance, este pode ser lido em um dia, fácil, também na wikipedia. O livro achei um porre há quase trinta anos atrás. Na adolescência o existencialismo deve ser uma filosofia centrada na existência do Príncipe Encantado.

No livro de Camus, que era da Argélia, ou seja, pied noir para os franceses, ou seja, um revoltadinho, todos são, um homem mata outro homem, o árabe, simplesmente porque o sol lhe fere os olhos. É um niilista na melhor linha dos vândalos da Laranja Mecânica, um ser que não tem filiação a nenhuma filosofia, que não se preocupa com explicações ou arrependimento do seu ato assassino.

São as tentativas societais que tornam o niilista um ser existencialista, "O inferno são os outros." É interessante notar que o título tanto pode se referir à Terra Estrangeira quanto ao estrangeiro em si. A morte do árabe serve de certa forma para que o homem acorde do seu marasmo intelectual.

Mais tarde, Camus deu uma banana para o Jean-Paul Sartre negou os preceitos do existencialismo e para saber o fim dessa estória teria que voltar à Wiki.

Por quê é importante esta música na proposta artística do Cure? Em primeiro lugar, o Cure fez parte do movimento new wave da Inglaterra, que estava tão lotado quanto transporte coletivo às seis da tarde. Havia um segmento melancólico sem maquiagem e nem vídeos, os Smiths, e o melancólico com batom, roupas negras, tendências suicidas, cabelo despirocado, The Cure. É curioso notar que mesmo com toda melancolia e declarações de suicídio do Robert Smith, o Cure mantinha uma batida quase disco, bem baticum mesmo.

Killing an Arab, segundo o R.Smith uma tentativa de condensar "O Estrageiro" segundo Tina provocar celeuma. Provocou. O cabelo tingido e o batom ele adotou quando foi tocar com a Siouxie ( Susie ) and the Banshees.
letra e tablatura de Killing an Arab


No sentido melódico os Smiths foram bem mais sofisticados. Joguei alguns vídeos deles aí e me esqueci da minha música favorita de todos os tempos: "There is a Light..." A análise musical será do Gabi que toca piano (ragtime) e alto sax (jazz) É do LP "The Queen is Dead" que dizem ser uma referência maléovola do Morrissey ao Johnny Marr, o grande guitarrista da banda. A foto da capa é do Alain Delon bancando o morto, em um filme francês do início de sua carreira.

THERE IS A LIGHT THAT NEVER GOES OUT (4.03)
Take me home tonight
where there's music and there's people
who are young and alive
driving in your car
I never never want to go home
because I haven't got one anymore

Leve-me para casa esta noite
onde tem múscia e tem gente
que é jovem e está viva
quando dirijo seu carro
nunca nunca quero ir para casa
porque não tenho casa mais

Take me home tonight
because I want to see people
and I want to see life
driving in your car
oh please don't drop me home
because it's not my home, it's their home
and I'm welcome no more
Leve-me para casa hoje à noite
porque quero ver gente
e quero ver vida
dirigindo seu carro
ah, por favor não me deixe em casa
porque não é minha casa, é a deles
e não sou mais benvindo


And if a double-decker bus
crashes in to us
to die by your side
is such a heavenly way to die
and if a ten ton truck
kills the both of us
to die by your side
well the pleasure, the privilege is mine
E se um ônibus de dois andares
bater de encontra nós
a morte ao seu lado
é uma forma tão celestial de morrer
e se um caminhão de dez toneladas
matasse-nos ambos
a morte ao seu lado,
bem, o prazer, o privilégio é meu

Take me home tonight
take me anywhere, I don't care
I don't care, I don't care
and in the darkened underpass
I thought Oh God, my chance has come at last
but then a strange fear gripped me
and I just couldn't ask
Leve-me para casa esta noite
leve-me para qualquer canto, não me importo
Eu não me importo, não me importo
e na passagem embaixo escura
pensei Ó Deus, minha chance chegou finalmente
mas aí um medo estranho me agarrou
e eu simplesmente não pude perguntar

Take me home tonight
oh take me anywhere, I don't care
I don't care, I don't care
driving in your car
I never never want to go home
because I haven't got one
no, I haven't got one

And if a double-decker bus
crashes in to us
to die by your side
is such a heavenly way to die
and if a ten ton truck
kills the both of us
to die by your side
well the pleasure, the privilege is mine

There is a light that never goes out
There is a light that never goes out
There is a light that never goes out
There is a light that never goes out

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